Crítica do espetáculo “Passport” por Karol Meier
Laboratório Crítica TeatralEspetáculo PassportPOR KAROL MEIER
Intenso. É o que se pode dizer do espetáculo Passport. Tudo acontece em alguma cidade, algum país esquecido. A peça é uma adaptação da dramaturgia homônima escrita pelo venezuelano Gustavo Ott, em 1988. Foi à cena pela primeira vez no mês de outubro de 1991, em Madri. E no ano de 2001, chega a Joinville sob direção de Samuel Kühn, com assitência de Maikon Jean Duarte. Tempo, mudanças e evolução. É a cidade que não é mais a mesma; é a incomunicabilidade; é a interpretação diferente de vários lugares sobre um documento; é a perda da referencialidade simbólica. Estas são cenas vividas pelos três personagens ( um sargento, um soldado e um cidadão). Gustavo Ott mostra em sua peça o imprevisível e uma mistura de sentimentos. Todos os elementos cênicos trabalham em harmonia. A iluminação, assinada por Flavio Andrade e a trilha sonora, por Leandro Pedrotti Coradini, se integram à cenografia, gerando em alguns momentos sensações de tensão e noutros também de alívio. Sentidos esses, que aproximam o público da obra. Passport é um espetáculo que surpreende pela sua construção e pela forma sensível que nos chega.
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